terça-feira, 22 de novembro de 2011

Uma Crítica a terapia Gênica: Eugenia e Aspectos bioéticas.

             Com a decifração do código genético e a manipulação do DNA nestes últimos anos, aceleram-se as descobertas científicas e suas aplicações biotecnológicas.
             A Terapia Gênica consiste na manipulação genética em células com alterações, com o intuito de restabelecendo suas funções normais. Essa nova terapia corrige diretamente o DNA alterado, ...o que se torna um grande potencial no combate de doenças de origem genética.
            A terapia gênica requer, para sua aplicação, um conhecimento da etiologia da enfermidade e suas bases genéticas, a partir desta conseguir um sistema de introdução e disseminação eficaz do material genético e saber controlar os efeitos secundários derivados dessa técnica.
            Apesar ter sido devolvida para doenças hereditárias, cuja origem estaria predeterminada no gene, a maioria das tentativas clínicas de terapia gênica é para tratamentos de doenças adquiridas.
 
1. VANTAGENS DA TERAPIA GÊNICA
 
             O tratamento com a terapia gênica traz consigo uma grande perspectiva, já que possuía finalidade de curar enfermidades de origem genética que é o principal desafio da medicina.
É possível, através da terapia gênica, identificar genes defeituosos antes mesmo que sejam expressos provocando assim doenças incuráveis como o câncer. Por isso, podemos dizer que essa nova terapia possui o potencial de prevenção e de diagnóstico, trazendo um grande benefício para promover a saúde.
            Com a aplicação em células somáticas visa restituir anormalidade adquirida pelo meio ambiente, tais como acidentes cerebrais ou deficiênciafísicos. Assim, reestabelecendo suas funções iniciais. Já em células germinativas pretende, principalmente, reparar genes que carregam anomalias hereditárias. Uma vez, que essas alterações são feitas em células germinativas modifica-se também todas as células do paciente, ou seja, passando para sua prole. Podendo prevenir futuras doenças que poderiam comprometer sua descendência.
            Atualmente pesquisas no campo da terapia gênica, vêm se destacando com resultados positivos, o que traz grandes estímulos para ciências no intuito de aprimorar seus conhecimentos para combater as varias doença. Doenças que hoje ainda acometem o ser humano por falta de um tratamento adequado, produzindo assim, sofrimentos e muitas das vezes óbitos.
A terapia gênica possui o diferencial de combater as doenças pela raiz, o que dificulta uma nova recaída do paciente, ou seja, uma vez feito o tratamento com a terapia gênica o paciente estará livre de possível retorno da doença.

 2. DESVATAGENS DA TERAPIA GÊNICA

            Com o projeto genoma humano abriu-se portas para o conhecimento genômico. Assim com o reconhecimento das sequencias de DNA facilita a identificação de genes defeituosos, ou seja, genes que possuem alterações que podem ser caracterizados como portares de doenças, sejam elas hereditárias ou adquiridas. Entretanto, a conhecimentos genômico traz consigo a capacidade de identificar não apenas genes com mutações, mas também todas as características de um indivíduo, como por exemplo, genes específicos para a cor do olho, cor da pele, do comportamento ou até mesmo da inteligência.
            A terapia gênica tem como principal objetivo a manipulação de sequenciamentos genéticos pra fins curativos ou preventivos, e com os avanços dessa tecnologia sujem atualmente questões Bioéticas para seu uso.
           Bioética é o estudo interdisciplinar, que investiga todas as condições necessárias para uma administração responsável da vida humana. Considera, portanto, a responsabilidade moral dos cientistas em suas pesquisas, bem como de suas aplicações.
Atualmente a terapia gênica é utilizada para diversos fins terapêuticos, principalmente contra o câncer, mas nem sempre essa terapia utiliza de seus benefícios para prevenir doenças.
            A partir de alguns protocolos indevidos, dentro da terapia gênica, encontram-se problemas de ordem ética e moral, os quais devem ser analisados, tais como melhoramento genético o que consiste no aperfeiçoamento dos genes de indivíduos tentando atingir um nível de “perfeição”, ao ponto de modicar por completo a identidade genética. Essas ações são exercidas, muitas vezes, por pais que desejam que seus filhos sejam esteticamente perfeitos. E consequentemente, este procedimento só será possível a classes mais favoráveis financeiramente, visto que são procedimentos com custos elevados.
            Outro protocolo indevido é a utilização de doping genético que são modificações genéticas que visam aumentar o desempenho esportivo, onde podemos citar o uso da eritropoetina que estimula a produção de hemácias, logo são elevados os níveis de transporte de oxigênios para os tecidos. Outra utilização são os bloqueadores de miostatina que bloqueia a sinalização da miostatina, consequentemente, aumentando o ganho de massa muscular. Como é indetectável a prática do doping genético, passa-se despercebidas em atletas que anseiam por um melhoramento em seu desempenho físico, como ocorrem no esporte de alto nível.
            Existem duas modalidades na terapia gênica, a somática e a germinativa. A primeira por sua vez não produz nenhum risco em sua prática, ao menos riscos imediatos, e assim são livres de questionamentos éticos. Já a segunda, a terapia génica germinativa, as questões são mais complexas, já que possuem como alvo células germinativas, onde sujem várias analises bioética. Os procedimentos são feitos em gametas, que por sua vez são modificadas geneticamente, podendo trazer não só efeitos indesejados, mas alterações não só do individue em questão, mas também de toda sua geração. O principal levantamento ético dessa prática é o questionamento de até que ponto a ciência possui autonomia de alterar a identidade génica, mesmos para fins de obtenção da saúde, violando assim a dignidade humana?
            A legislação para prática da terapia gênica ainda escassa, embora tenha a Lei da Biossegurança nº 10.211/2001 ou a resolução de 196/1996 ainda é insuficiente para delimitar atuações científicas referentes à manipulação genéticas.
É importante regulamentar legislações, com o intuito de proteger a vida, uma vez a que manipulação genética traz riscos ao ser humano ou à humanidade.
Através das leis, impostas ao desenvolvimento da ciência, coloca-se limites nas práticas e pesquisa de profissionais que visam somente benefícios econômicos sem pesar suas atitudes éticas e moral. Deve-se também, questionar o único interesse da ciência que é promover a saúde e o bem estar das vidas impondo sempre uma prática limpa.

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